terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS É O CAMINHO DA ZPE DE PARNAIBA

No tocante às “oportunidades de investimentos passíveis de implantação na ZPE de Parnaíba”, o documento é bem mais detalhista e tem principal referência bibliográfica a publicação denominada “Plano de ação para o desenvolvimento integrado da Planície Litorânea do Vale do Parnaíba – Estudo de socioeconomia”, publicado em setembro de 2005 pela Codevasf. Mas a maior parte das oportunidades elencadas são fruto do conhecimento dos parnaibanos envolvidos na elaboração do Perfil da ZPE.
As áreas de maior interesse, segundo a codevasf, são: Pecuária de Leite, Aqüicultura/carcinicultura e pesca artesanal, fruticultura, caprinocultura/ovinocultura, psicultura, apicultura, biodiesel(de mamona) e extrativismo da carnaúba.
O grupo de trabalho responsável pela elaboração do perfil econômico foi mais adiante e enumerou, de forma ainda mais específica, outras grandes potencialidades a serem exploradas dentro da ZPE.
Da Carnaubeira, planta natural exclusiva do Brasil com presença em 107 municípios do Piauí, os estudiosos recomendaram a extração da cera, obtida com o corte, secagem e batição das plalhas, das quais se extrai um pó; a celulosa, decorrente da bagana da cera de carnaúba; briquete, tendo matéria prima aglomerados, por sua vez tendo como matéria prima o resíduo obtido após a extração da celulose, alem de outros produtos como adubo orgânico, biomassa para a produção de energia, ração animal, óleo para biodiesel, entre outros.
Uma série de produtos farmacêuticos também estão na lista de oportunidades a serem aproveitadas pelo futuros investidores que forem atraídos para a ZPE de Parnaíba, como: pilocarpina, pilosina, rutina, quercetina, rahmnose, crisarobina, l-dopa, lapachol, resina de jalapa e óleo de rícino.
Ainda segundo o grupo de trabalho da Prefeitura de Parnaíba, ainda podem ser acrescentada a esta lista os produtos medicinais como é o caso da quitosana, abundante no litoral.
O babaçu, outra planta nativa abundante na região, também foi citada no documento pelas suas muitas propriedades e composições como o epicarpo, o mesocarpo, o endocarpo e a amêndoa.
A indústria de calçados também está inserida como possível fator de captação de investimentos para o perímetro da ZPE de Parnaíba.
Como percebemos, o beneficiamento dos produtos encontrados largamente na natureza ou que possam ser nela cultivados, compõem a grande matriz econômica capaz de sustentar o pretendido investimento em Parnaíba. Isto sem se falar que o Distrito de Irrigação Tabuleiros Litorâneos produz, hoje, milhares de toneladas de frutas orgânicas, como a acerola e que saem daqui com baixo valor agregado, por falta de uma estrutura de beneficiamento.
Como não bastasse tudo isso, o documento que traça o perfil da ZPE de Parnaíba também enumera outras oportunidades: mel de abelha, frutas tropicais tradicionais, frutas tropicais orgânicas, caju, castanha de caju, camarão, peixe, lagosta congelada, crustáceos e moluscos, manga, coco da Bahia, fécula de banana, aguardente, soja, têxtil e confecções, farinha de mandioca, carne de bovinos, café cru em grãos, açúcar de cana e farelo de soja.

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