segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Conselhos de Comunicação Social assustam patronato da mídia

O Jornal Folha de São Paulo estampa nesta segunda-feira (25): “Após Ceará, três Estados planejam vigiar mídia”. A reportagem de Elvira Lobato refere-se à Bahia, Alagoas e Piauí.

Estive no ano passado participando da Conferência Estadual de Comunicação, realizada no Rio Poty Hotel, em Teresina, ocasião em que o então governador Wellington Dias manifestou simpatia à proposta das entidades representadas no evento, de criação do Conselho de Comunicação Social do Estado do Piauí.

O blog “Toda Mídia”, de Nelson de Sá, do Folha.Com, comenta manchete principal da reportagem da Folha de São Paulo deste 25 de outubro:


Monitoramento

Da reportagem de Elvira Lobato, manchete da Folha:

"Ao menos mais três Estados -Bahia, Alagoas e Piauí- preparam-se para implantar conselhos de comunicação com o propósito de monitorar a mídia. A criação dos conselhos foi recomendação da Conferência Nacional de Comunicação, realizada no ano passado, por convocação do governo do presidente Lula. O Ceará foi o primeiro.

"O diretor-geral da Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão), Luís Roberto Antonik, chama a atenção para o fato de que Estados não têm competência para regular a atuação da mídia. A Abert teme que o movimento vise simular um "clamor para justificar o governo federal propor o controle social sobre a mídia".

Por outro lado, em reportagem de Uirá Machado:

"Professor emérito da Faculdade de Direito da USP, Dalmo Dallari afirma que a mídia precisa de algum tipo de regulação, desde que não haja 'nenhum sinal de censura prévia'. 'A liberdade de imprensa é um direito da cidadania incorporado às noções básicas do Estado de Direito. Só que não significa liberdade de empresa, pois há um componente social relevante.'

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