
Entre as muitas contribuições de Petrônio Portela ao Piauí lembradas por Paes Landim em seu discurso, estão a criação do Banco do Estado do Piauí, das Centrais Elétricas do Piauí e da Companhia de Águas e Esgotos, além da inclusão da barragem de Boa Esperança no Plano Trienal do Governo do Presidente João Goulart, obra executada no governo de Humberto Castelo Branco.
A fala de Paes Landim é rica no sentido de relembrar para uns e informar para outros, da grandeza política de Petrônio Portela que tinha entre suas características principais a paciência e a admirável capacidade de articular, colocadas à prova em sua missão de ser o interlocutor entre a poder militar e a sociedade civil, promovendo a transição do regime militar para o civil. Petrônio foi o que se pode chamar de algodão entre os cristais.
O discurso do deputado federal mais votado em Parnaíba destaca a opinião positiva de personalidades brasileiras, como o falecido jornalista Carlos Castelo Branco, o Castelinho, e do jurista Miguel Reale que, ainda hoje, é uma das grandes inteligências do mundo jurídico.
“O Presidente Figueredo terá dificuldades em substituí-lo, levando-se em conta a sua competência, a lisura, a independência de caráter para tecer essa teia política”, escreveu Castelinho em sua coluna no Jornal do Brasil, no dia seguinte à morte do estadista.
“Na vida pública, a consciência da 'força do tempo' ou a confiança no envolver dos acontecimentos constitui uma alta virtude política, e essa, Petrônio Portela possuía no mais alto grau, como demonstrou por ocasião da Lei nº 6.687, sobre a anistia”, comentou Miguel Reale.
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