segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Petrônio Portela: Paes Landim lembra a grandeza do estadista brasileiro

O deputado federal Paes Landim(PTB) fez justiça a um dos maiores piauienses de todas as épocas. Em discurso proferido no plenário da Câmara Federal, dia 10, lembrou os oitenta anos de nascimento de Petrônio Portela que foi deputado estadual, prefeito de Teresina, governador do Estado e senador da República, chegando à presidência do Congresso Nacional. Seu falecimento deu-se em seis de janeiro de 1980, quando se empenhava no projeto do presidente Ernesto Geisel e apoiado pelo seu sucessor, João Batista Figueredo, da abertura política lenta, gradual e segura.
Entre as muitas contribuições de Petrônio Portela ao Piauí lembradas por Paes Landim em seu discurso, estão a criação do Banco do Estado do Piauí, das Centrais Elétricas do Piauí e da Companhia de Águas e Esgotos, além da inclusão da barragem de Boa Esperança no Plano Trienal do Governo do Presidente João Goulart, obra executada no governo de Humberto Castelo Branco.
A fala de Paes Landim é rica no sentido de relembrar para uns e informar para outros, da grandeza política de Petrônio Portela que tinha entre suas características principais a paciência e a admirável capacidade de articular, colocadas à prova em sua missão de ser o interlocutor entre a poder militar e a sociedade civil, promovendo a transição do regime militar para o civil. Petrônio foi o que se pode chamar de algodão entre os cristais.
O discurso do deputado federal mais votado em Parnaíba destaca a opinião positiva de personalidades brasileiras, como o falecido jornalista Carlos Castelo Branco, o Castelinho, e do jurista Miguel Reale que, ainda hoje, é uma das grandes inteligências do mundo jurídico.
“O Presidente Figueredo terá dificuldades em substituí-lo, levando-se em conta a sua competência, a lisura, a independência de caráter para tecer essa teia política”, escreveu Castelinho em sua coluna no Jornal do Brasil, no dia seguinte à morte do estadista.
“Na vida pública, a consciência da 'força do tempo' ou a confiança no envolver dos acontecimentos constitui uma alta virtude política, e essa, Petrônio Portela possuía no mais alto grau, como demonstrou por ocasião da Lei nº 6.687, sobre a anistia”, comentou Miguel Reale.

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